Handmade by Susana e Patrícia
"Não se preocupe com a distância entre seus sonhos e a realidade; se você pode sonhá-lo, você pode realizá-lo."

sábado, 1 de novembro de 2008

Fio A Pequena Sereia!!






Fio de Algodão-FIO DE CRIANÇA
RefªF290
materiais:fio de algodão,peças de vidro,peças acrilicas e peças metálicas
5.5 bijuteiras(Conjunto: 1 fio + pulseira)
A Pequena Sereia

Muito longe da terra, onde o mar é muitoazul, vivia o povo do mar. O rei desse povo tinha seis filhas,todas muito bonitas, e donas das vozes mais belas de todo o mar,porém a mais moça se destacava, com sua pele fina e delicada comouma pétala de rosa e os olhos azuis como o mar. Como as irmãs, nãotinha pés mas sim uma cauda de peixe. Ela era uma sereia.Essa princesa era a mais interessada nas histórias sobre omundo de cima, e desejava poder ir à superfície; queria saber tudosobre os navios, as cidades, as pessoas e os animais.— Quando você tiver 15 anos — dizia a avó —subirá à superfície e poderá se sentar nos rochedos para ver oluar, os navios, as cidades e as florestas.Os anos se passaram... Quando a princesa completou 15 anosmal pôde acreditar. Subiu até a superfície e viu o céu, o sol, asnuvens... viu também um navio e ficou muito curiosa. Foi nadandoaté se aproximar da grande embarcação. Viu, através dos vidros dasvigias, passageiros ricamente trajados. O mais belo de todos eraum príncipe que estava fazendo aniversário, ele não deveria termais de 16 anos, e a pequena sereia se apaixonou por ele.A sereiazinha ficou horas admirando seu príncipe, e sódespertou de seu devaneio quando o navio foi pego de surpresa poruma tempestade e começou a tombar. A menina viu o príncipe cair nomar e afundar, e se lembrou de que os homens não conseguem viverdentro da água. Mergulhou na sua direção e o pegou já desmaiado,levando-o para uma praia.Ao amanhecer, o príncipe continuava desacordado. A sereia,vendo que um grupo de moças se aproximava, escondeu-se atrás daspedras, ocultando o rosto entre os flocos de espuma.As moças viram o náufrago deitado na areia e foram buscarajuda. Quando finalmente acordou, o príncipe não sabia como haviachegado àquela praia, e tampouco fazia idéia de quem o haviasalvado do naufrágio. A princesa voltou para o castelo muito triste e calada, e nãorespondia às perguntas de suas irmãs sobre sua primeira visita àsuperfície.A sereia voltou várias vezes à praia onde tinha deixado opríncipe, mas ele nunca aparecia por lá, o que a deixava aindamais triste. Suas irmãs estavam muito preocupadas, e fizeramtantas perguntas que ela acabou contando o que havia acontecido.Uma das amigas de uma das princesas conhecia o príncipe e sabiaonde ele morava. A pequena sereia se encheu de alegria, e ia nadartodos os dias na praia em que ficava seu palácio. Observava seuamado de longe e cada vez mais gostava dos seres humanos,desejando ardentemente viver entre eles.A princesa, muito curiosa para conhecer melhor os humanos,perguntou a sua avó se eles também morriam.— Sim, morrem como nós, e vivem menos. Nós podemosviver trezentos anos, e quando “desaparecemos” somostransformadas em espuma. Nossa alma não é imortal. Já os humanostêm uma alma que vive eternamente. — Eu daria tudo para ter a alma imortal como oshumanos! — suspirou a sereia.— Se um homem vier a te amar profundamente, se eleconcentrar em ti todos os seus pensamentos e todo o seu amor, e sedeixar que um sacerdote ponha a sua mão direita na tua,prometendo-te ser fiel nesta vida e na eternidade, então a suaalma se transferirá para o teu corpo. Ele te dará uma alma, semperder a dele... Mas isso jamais acontecerá! Tua cauda de peixe,que para nós é um símbolo de beleza, é considerada uma deformidadena terra.A sereiazinha suspirou, olhando tristemente para a sua caudade peixe e desejando ter um par de pernas em seu lugar. Mas amenina não esquecia a idéia de ter uma alma imortal e resolveu procurar a bruxa do mar, famosa por tornar sonhos de jovenssereias em realidade... desde que elas pagassem um preço por isso.O lugar onde a bruxa do mar morava era horrível, e a princesa precisou de muita coragem para chegar lá. A bruxa já a esperava, e foi logo dizendo:— Já sei o que você quer. É uma loucura querer terpernas, isso trará muita infelicidade a você! Mesmo assim voupreparar uma poção, mas essa transformação será dolorosa. Cadapasso que você der será como se estivesse pisando em facasafiadas, e a dor a fará pensar que seus pés foram dilacerados.Você está disposta a suportar tamanho sofrimento?— Sim, estou pronta! — disse a sereia, pensandono príncipe e na sua alma imortal.— Pense bem, menina. Depois de tomar a poção você nuncamais poderá voltar à forma de sereia... E se o seu príncipe secasar com outra você não terá uma alma imortal e morrerá no diaseguinte ao casamento dele.A sereiazinha assentiu com a cabeça e, sem dizer uma palavra,ficou observando a bruxa fazer a poção.— Pronto, aqui está ela... Mas antes de entregá-la avocê, aviso que meu preço por este trabalho é alto: quero a sualinda voz como pagamento. Você nunca mais poderá falar oucantar...A princesa quase desistiu, mas pensou no seu príncipe e pegoua poção que a bruxa lhe estendia. Não quis voltar para o palácio,pois não poderia falar com suas irmãs, sua avó e seu pai. Olhou delonge o palácio onde nasceu e cresceu, soltou um beijo na suadireção e nadou para a praia.Assim que bebeu a poção, sentiu como se uma espada lheatravessasse o corpo e desmaiou. Acordou com o príncipeobservando-a. Ele a tomou docemente pela mão e a conduziu ao seupalácio. Como a bruxa havia dito, a cada passo que a menina davasentia como se estivesse pisando sobre lâminas afiadíssimas, massuportava tudo com alegria pois finalmente estava ao lado de seuamado príncipe.A beleza da moça encantou o príncipe, e ela passou aacompanhá-lo em todos os lugares. À noite, dançava para ele, eseus olhos se enchiam de lágrimas, tamanha dor sentia nos pés.Quem a visse dançando ficava hipnotizado com sua graça e leveza, eacreditava que suas lágrimas eram de emoção. O príncipe, no entanto, não pensava em se casar com ela, poisainda tinha esperança de encontrar a linda moça que ele vira napraia, após o naufrágio, e por quem se apaixonara. Ele não selembrava muito bem da moça, e nem imaginava que aquela menina mudaera essa pessoa...Todas as noites a princesinha ia refrescar os pés na água domar. Nessas horas, suas irmãs se aproximavam da praia para matar asaudade da caçulinha. Sua avó e seu pai, o rei dos mares, tambémapareciam para vê-la, mesmo que de longe.A família do príncipe queria que ele se casasse com a filhado rei vizinho, e organizou uma viagem para apresentá-los. Opríncipe, a sereiazinha e um numeroso séquito seguiram em viagempara o reino vizinho.Quando o príncipe viu a princesa, não se conteve e gritou:— Foi você que me salvou! Foi você que eu vi na praia!Finalmente encontrei você, minha amada!A princesa era realmente uma das moças que estava naquelapraia, mas não havia salvado o rapaz. Para tristeza da sereia, aprincesa também se apaixonara pelo príncipe e os dois marcaram ocasamento para o dia seguinte. Seria o fim da sereiazinha. Todo oseu sacrifício havia sido em vão.Depois do casamento, os noivos e a comitiva voltaram para opalácio do príncipe de navio, e a sereia ficou observando oamanhecer, esperando o primeiro raio de sol que deveria matá-la.Viu então suas irmãs, pálidas e sem a longa cabeleira, nadando aolado do navio. Em suas mãos brilhava um objeto.— Nós entregamos nossos cabelos para a bruxa do mar emtroca desta faca. Você deve enterrá-la no coração do príncipe. Sóassim poderá voltar a ser uma sereia novamente e escapará damorte. Corra, você deve matá-lo antes do nascer do sol.A sereia pegou a faca e foi até o quarto do príncipe, mas aovê-lo não teve coragem de matá-lo. Caminhou lentamente até amurada do navio, mergulhou no mar azul e, ao confundir-se com asondas, sentiu que seu corpo ia se diluindo em espuma.
http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/sereia.html

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